Chipa Paraguaia: Receita Tradicional e História

Chipa Paraguaia: Receita Tradicional e História
Tempo de Preparo

1 hora

Rendimento

12 porções

Dificuldade

Fácil

Calorias

0 kcal

A chipa paraguaia, um pão de queijo tradicional do Paraguai, tem raízes profundas na história colonial da região. Introduzida pelos colonizadores espanhóis, surgiu da combinação de ingredientes locais e práticas culinárias indígenas com as europeias. Mandioca, queijo, ovos e leite são os principais ingredientes dessa fusão cultural. A chipa é um símbolo da resiliência e adaptabilidade de uma nação, misturando tradições indígenas com elementos externos, criando algo singularmente paraguaio. No Brasil, é popular principalmente no Mato Grosso do Sul, trazida por imigrantes paraguaios durante a Guerra do Paraguai.

Ingredientes

  • 500g de polvilho doce
  • 100g de polvilho azedo
  • 200g de queijo meia cura ralado
  • 100g de queijo parmesão ralado
  • 100g de manteiga
  • 2 ovos
  • 1 xícara de leite
  • 1 colher de chá de sal
  • Erva-doce a gosto (opcional)

Modo de Preparo

  1. Pré-aqueça o forno a 180°C.
  2. Em uma tigela grande, misture os polvilhos, os queijos e o sal.
  3. Adicione a manteiga e misture com as pontas dos dedos até obter uma farofa.
  4. Acrescente os ovos e o leite aos poucos, amassando até obter uma massa homogênea e macia. Se desejar, adicione a erva-doce.
  5. Faça pequenas bolinhas ou modele em formato de ferradura.
  6. Coloque as chipas em uma assadeira untada e enfarinhada.
  7. Asse por cerca de 20-25 minutos, ou até dourarem.

Dicas do Chef

  • Para uma chipa mais macia, utilize mais polvilho doce.
  • Se preferir, utilize outros tipos de queijo, como muçarela ou provolone.
  • Ajuste a quantidade de leite para obter a consistência ideal da massa.
  • Para um sabor especial, experimente adicionar um pouco de banha de porco à massa.

História e Origem da Chipa Paraguaia

A chipa é uma iguaria tradicional do Paraguai, com origens nas missões jesuítas e franciscanas da Governação do Paraguai (Vice-Reino do Peru) nos séculos XVI, XVII e XVIII. Os ingredientes principais, como mandioca, queijo, ovos e leite, refletem a fusão de práticas culinárias indígenas e europeias. Antes de ser conhecida como chipa, existia o ‘mbujape’ (pão em guarani), feito com farinha de milho ou fécula de mandioca e gordura animal, cozido em folhas de bananeira no ‘tanimbú’ (censeiro).

Curiosidades e Tradições

A chipa é reconhecida pela UNESCO como uma herança compartilhada entre Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai. O nome ‘chipa’ tem influência do Quechua, e não do Guarani. Na Bolívia, por exemplo, recebe o nome Guarani: ‘kunã piru’. Era costume usar a chipa como ‘pão sagrado’ em celebrações religiosas, como a Semana Santa e o Dia da Cruz. Também era comum colocá-la ao pé de uma cruz e, após a cerimônia, guardá-la para usar como incenso em tempestades ou para curas.

Variações da Chipa

  • Chipa Asador: Com mandioca e coco ralado, cozida no fogão à lenha ou brasas.
  • Chipa Jaryí: Mestiça (fécula de mandioca e milho), cozida em folhas de guaimbê com cinzas quentes.
  • Chipa Andai: Massa com fubá andai fervido e ralado, tornando-a suave e digestiva.
  • Chipa de Arroz: Mistura de arroz fervido com farinha de milho, queijo e gordura.

A chipa continua a ser um símbolo da identidade paraguaia e um alimento apreciado em diversas ocasiões.

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