30 minutos
30 porções
Fácil
100 kcal
Ingredientes
- 2 xícaras de farinha de trigo (aproximadamente 360g)
- 1 xícara de açúcar refinado (aproximadamente 180g)
- 100g de manteiga sem sal em ponto pomada (ou margarina)
- 2 ovos grandes
- 1 colher de sopa de fermento químico em pó
- 1 colher de chá de essência de baunilha (opcional)
- Para a cobertura (opcional): 1 xícara de açúcar de confeiteiro e 3 colheres de sopa de leite
Modo de Preparo
- Em uma tigela grande ou na batedeira, bata a manteiga em ponto pomada com o açúcar até obter um creme claro e fofo.
- Adicione os ovos, um de cada vez, e a essência de baunilha, misturando bem após cada adição até que a mistura esteja homogênea.
- Peneire a farinha de trigo e o fermento químico em pó sobre o creme de manteiga. Misture delicadamente com uma espátula ou com as mãos até incorporar todos os ingredientes. Não sove demais para não desenvolver o glúten e deixar a massa dura.
- A massa deve ser macia e maleável, mas sem grudar nas mãos. Se necessário, adicione um pouco mais de farinha de trigo (1 a 2 colheres de sopa) para dar o ponto, mas evite exagerar para manter a maciez.
- Pré-aqueça o forno a 180°C. Unte uma assadeira com manteiga e farinha de trigo.
- Pegue pequenas porções da massa e enrole em formato de cordão. Junte as pontas para formar as rosquinhas. Você também pode esticar a massa com um rolo e cortar os formatos com um cortador de biscoitos.
- Disponha as rosquinhas na assadeira untada, mantendo um pequeno espaço entre elas.
- Leve ao forno pré-aquecido por cerca de 10 a 15 minutos, ou até que as rosquinhas estejam levemente douradas nas bordas. Elas devem permanecer claras e macias no centro.
- Enquanto as rosquinhas assam, prepare a cobertura (se desejar): misture o açúcar de confeiteiro com o leite até formar um glacê liso. Se quiser um glacê mais grosso, adicione menos leite; se quiser mais fino, adicione mais.
- Retire as rosquinhas do forno e, ainda quentes, mergulhe-as no glacê ou pincele a cobertura por cima. Deixe secar em uma grade antes de servir.
Dicas do Chef
- Variação de Coco: Adicione 1/2 xícara de coco ralado à massa para um sabor delicioso. Se for usar cobertura, polvilhe coco ralado por cima do glacê antes que seque.
- Sabor Cítrico: Acrescente raspas de limão ou laranja à massa para um toque refrescante. O limão, em particular, harmoniza perfeitamente com a doçura do biscoito.
- Massa Macia: Para garantir que o biscoito fique fofinho e não duro, evite trabalhar a massa em excesso. Misture apenas o suficiente para incorporar os ingredientes secos.
- Armazenamento: Guarde as rosquinhas em um recipiente hermético em temperatura ambiente por até 5 dias para manter a crocância externa e a maciez interna.
A História da Rosquinha: Da Tradição Europeia ao Clássico Brasileiro
O biscoito rosquinha, com sua forma de anel inconfundível, é muito mais do que um simples acompanhamento para o café. Ele carrega consigo uma rica história de adaptação cultural e se estabeleceu como um ícone da culinária afetiva brasileira. A história do biscoito em geral remonta à antiguidade, com registros de preparações semelhantes na Grécia Antiga. O termo “biscoito” deriva do latim “bis coctus”, que significa “cozido duas vezes”, uma técnica usada para prolongar a conservação do alimento, ideal para soldados e marinheiros. No entanto, a rosquinha que conhecemos hoje tem uma trajetória mais recente e complexa, com raízes que se entrelaçam com a história dos famosos “doughnuts” americanos.
A Lenda do Buraco no Meio
A origem do formato de anel das rosquinhas é envolta em lendas. A mais popular delas atribui a invenção do buraco ao capitão de navio americano Hanson Gregory. Em 1847, aos 16 anos, ele estava insatisfeito com o centro cru das massas fritas que sua mãe preparava (semelhantes aos “sonhos” brasileiros). Para garantir um cozimento uniforme, ele teria feito um buraco no meio da massa com um frasco de pimenta. Essa técnica se popularizou, dando origem ao formato que hoje é sinônimo de “doughnut”.
A Rosquinha no Brasil: Imigração e Nostalgia
No Brasil, a rosquinha ganhou uma identidade própria, distinta dos doughnuts fritos e recheados americanos. A versão brasileira, geralmente assada e com uma massa mais leve, tornou-se um item essencial no “café da tarde”. A popularização em escala industrial está intimamente ligada à história da imigração italiana no país. Os irmãos Nestore e Udélio Scodro, imigrantes da região do Vêneto, chegaram ao Brasil após a Segunda Guerra Mundial e fundaram a marca Mabel em 1953, na cidade de Ribeirão Preto (SP). Eles trouxeram consigo uma receita de rosquinha de coco que haviam aprendido na Itália. Inicialmente, a produção era para consumo próprio e dos funcionários, mas o sucesso foi tão grande que o negócio se expandiu rapidamente. As rosquinhas Mabel se tornaram um símbolo de conforto e nostalgia, presentes nas lancheiras escolares e nas mesas de milhões de famílias brasileiras. A simplicidade dos ingredientes e o sabor caseiro da rosquinha a transformaram em um dos biscoitos mais queridos do país.
Variações e Tradições Culinárias
A versatilidade do biscoito rosquinha permitiu que ele se adaptasse a diferentes paladares e tradições regionais. Enquanto a versão clássica de coco se popularizou, outras variações caseiras ganharam espaço:
- Rosquinha de Nata: Uma variação que substitui parte da manteiga por nata, conferindo uma textura ainda mais macia e um sabor lácteo intenso.
- Rosquinha de Leite Condensado: O uso de leite condensado na massa ou na cobertura adiciona uma doçura extra e uma textura mais úmida.
- Rosquinha de Limão: A adição de raspas de limão na massa e suco de limão no glacê cria um contraste cítrico que equilibra a doçura.
- Rosquinha de Polvilho: Embora tecnicamente diferente, a rosquinha de polvilho é uma variação popular no Brasil, especialmente no Nordeste, onde a massa é feita com polvilho doce ou azedo, resultando em um biscoito leve e crocante.
Dicas de Expert para uma Rosquinha Perfeita
Para obter rosquinhas fofinhas e saborosas, o segredo está no equilíbrio da massa e no tempo de forno. Evite sovar a massa por muito tempo; misture apenas o suficiente para que os ingredientes se incorporem, pois o excesso de manuseio pode desenvolver o glúten, resultando em biscoitos duros. O ponto ideal da massa é macio e levemente pegajoso. Se a massa estiver muito mole para modelar, adicione farinha aos poucos. O tempo de cozimento também é crucial: as rosquinhas devem ser assadas até ficarem levemente douradas nas bordas, mas ainda brancas no centro, garantindo a maciez característica. Ao retirá-las do forno, a cobertura deve ser aplicada enquanto ainda estão quentes, permitindo que o glacê seque e forme uma casquinha fina e açucarada.









